DOENÇAS E PROCEDIMENTOS

ANESTESIA NA CIRURGIA NO OMBRO

A cirurgia artroscópica de ombro é normalmente realizada em posição sentada ou em decubito lateral, para  que o ombro a ser operado fique “exposto”ao cirurgião. Para tanto, em se tratando de uma posição “especial”, é mais adequado que se realize anestesia geral, o que permite que o paciente fique imóvel durante o procedimento, garantindo boas condições operatórias ao cirurgião.

É importante salientar qua a anestesia geral nos dias de hoje, quando realizada em condições adequadas ,não oferece maior risco  que qualquer outra modalidade anestésica, ao contrário do que reza  a antiga mítica , proveniente de condições nem sempre ideais em que se realizavam algumas cirurgias até os anos 80 e também das drogas que eram utilizadas até essa época. Atualmente a anestesia geral, quando realizada em centros cirúrgicos  capacitados e equipados com aparelhos e drogas modernas, oferece mínimos riscos e excelentes condições operatórias ao paciente clinicamente controlado, bem como um  despertar rápido , na grande maioria das vezes desprovido de desconfortos outrora muito comuns, tais como dor , tremores  ,mal estar, náuseas e vômitos.

Nunca é de mais lembrar que o anestesiologista é um profissional médico capacitado para exercer atividades clínicas dentro do centro cirúrgico e para tanto, deve conhecer o paciente.

É  realizada uma visita pré-operatória por esse profissional no quarto do paciente, onde os detalhes clínicos são examinados, as interações medicamentosas são avaliadas, possíveis alergias são identificadas, bem como um exame físico é realizado. Os exames laboratoriais são reavaliados  e  o planejamento da anestesia é finalizado.Por vezes, uma droga sedativa pré-anestésica é prescrita ao paciente , para então este ser encaminhado ao centro cirúrgico.

Na sala operatória o paciente recebe monitorização completa (pressão arterial, batimentos cardíacos, respiração, oxigenação, temperatura, etc..) para então o procedimento ser iniciado. É importante salientar que o paciente é integralmente assistido pelo anestesiologista durante  o ato operatório e, ao final, o transporta até a sala de recuperação , aos cuidados da enfermagem sob supervisão médica.

Normalmente é associada à anestesia geral o que chamamos de “Bloqueio do plexo braquial”,ou seja, uma anestesia regional, realizada habitualmente após o paciente já se encontrar “dormindo”, que consiste numa injeção de  anestésicos locais na região acima da clavícula do lado a ser operado. Essas drogas bloqueiam a condução nervosa dos impulsos provenientes do ombro, anestesiando essa região e fazendo  com que uma menor quantidade de “anestésicos gerais” seja necessária no intra-operatório, proporcionando também várias horas de analgesia pós-operatória, durante as quais,  analgésicos sistêmicos vão sendo administrados para que ,quando  esta cesse , a dor não surja de forma tão intensa.

Hoje em dia, nos centros mais avançados, dispomos de aparelhos como Ultrassom e Estimuladores de nervos periféricos que facilitam sobremaneira e tornam mais seguras as anestesias regionais, tais como o bloqueio de plexo braquial.

Em suma, a cirurgia de ombro, cada vez mais presente nos grandes centros, quando realizada por via artroscópica (hoje representando sua grande maioria), ou mesmo por via aberta, é indicada em larga escala, entre outros motivos, pela segurança  da anestesia nos dias de hoje, que, assim como nas outras áreas da medicina, experimentou enorme avanço nas duas últimas décadas.

Créditos ao Dr Sergio Patrick Fisbach médico anestesiologista

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